quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tecnologia em petróleo exige gosto por física, matemática e química

No último semestre do curso de tecnologia em petróleo e gás do Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos(Cefet-Campos) em Macaé, no Rio de Janeiro, Romulo Breder Santos, de 21 anos, já garantiu seu contrato de emprego para os próximos cinco anos na área de exploração do recurso.
Como trainee de uma empresa de engenharia, o jovem experimenta o trabalho e se capacita para liderar uma equipe de perfuração de poços de petróleo.  

Seu principal conselho para quem quer se tornar tecnólogo...
é perseverar. “A pessoa tem de ter muita força de vontade para levar os estudos. Tem de saber que vai ter dificuldades e que não pode desanimar. E tem de gostar muito de física, matemática e um pouco de química”, diz. Veja a entrevista completa do Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (23).

G1 – Por que você escolheu o curso?
Romulo –
 Escolhi esse curso porque é área com a qual me identifico. Sempre admirei a tecnologia de petróleo. Antes, no ensino médio, ficava pesquisando e me interessei por esse curso. Aí já fui direto para a área. E meu pai, que trabalha em construção naval, sempre me incentivou para ver plataformas.

G1 – Onde você trabalha?
Romulo –
 Estou em uma empresa de engenharia, em um projeto de capacitação para formar sondador, que é a pessoa responsável por perfurar um poço de petróleo. Comecei como trainee. Quando me tornar sondador, vou coordenar a equipe de perfuração.

G1 – Você já aprendeu muita coisa diferente do curso?
Romulo –
 Estive embarcado 14 dias. No embarque você vê muita teoria na prática. Por exemplo, na faculdade não estudamos como consertar equipamentos. Na prática, isso é necessário.

G1 – Como é o dia-a-dia embarcado?
Romulo –
 Estive em uma sonda terrestre. São 14 dias trabalhando direto, com 12 horas de trabalho e 12 de folga. Há dormitório, área de lazer, as refeições acontecem de três em três horas. A empresa tenta passar o máximo de conforto. Mas o trabalho é muito cansativo e pesado.

G1 – Você acha que há dificuldades para os tecnólogos?
Romulo –
 O tecnólogo muitas vezes sofre preconceito, pois há muita gente que não conhece o curso. Por isso, a pessoa que vai cursar tem de estar bem decidida. Muitas empresas não conhecem o tecnólogo e, às vezes, contratam outro profissional que não vão desempenhar tão bem a função.

G1 – Você acredita que a área seja promissora?
Romulo –
 Vejo que esta área é promissora e que cada descoberta é uma perspectiva de crescimentos. As empresas pretendem crescer, construir mais plataformas. E nesse processo vai ser preciso contratar muita mão-de-obra. O mercado está começando a esquentar.

G1 – Como você pretende crescer na carreira?
Romulo -
 Para crescer na carreira pretendo fazer pós-graduação ou até mesmo outra faculdade - de engenharia. Com o curso de tecnólogo elimino algumas matérias. Mas o negócio é sempre estar estudando.

G1 – Qual o perfil necessário para quem quer trabalhar na área?
Romulo –
 A pessoa tem de ter muita força de vontade para levar os estudos. Tem de saber que vai ter dificuldades e que não pode desanimar. E tem de gostar muito de física, matemática e um pouco de química. 



Fonte: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL769682-15526,00-TECNOLOGIA+EM+PETROLEO+EXIGE+GOSTO+POR+FISICA+MATEMATICA+E+QUIMICA.html

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